segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Trem da alegria e da incompetência.


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Acima o Eurotúnel e abaixo o "Jegue ferroviário do PAC” inspecionando a inacabável ferrovia Norte-Sul, ou estrada de ferro José Sarney - Patriarca donatário da Capitania do Maranhão. Ambas as obras iniciadas em 1987, ano do plano Bresser; do acidente radioativo em Goiânia. Ano em que nasceu o craque Leonel Messi e a tenista Maria Shaparova . O filme Predador era um sucesso, e Platoon ganhou o Oscar. As novelas da época eram Mandalla e Brega e Chique. Foi nesse ano que lançaram o computador Atari, a WEB nem havia sido liberada.
O Eurotúnel foi entregue ao público em 1994.
E Mantega diz que até em 20 anos estaremos no padrão europeu. . . . É um gozador. Vejam se hoje estamos no padrão em que estavam vinte anos atrás.



O Eurotúnel com extensão pouco superior 50 km é submarino e subterrâneo. 37,9 km deles estão numa profundidade média de 46 metros abaixo do solo no Canal da Mancha entre a Inglaterra e a França. Foi investido nessa obra US$ 16 bilhões de dólares pelos dois países e cumpridos oitos anos de árduo trabalho por 15 mil trabalhadores. Foi entregue ao público em 1994, e pouco mais de oito milhões de pessoas e centenas de milhares de veículos de passageiros e cargas fazem a travessia todos os anos em apenas 35 minutos. A Sociedade Americana de Engenheiros Civis, dentre muitas outras no mundo todo, de igual representatividade técnica, declarou a obra como sendo uma das sete maravilhas do mundo moderno.
No Brasil da mediocridade lulopetista, encontramos na primeira página do “Estadão” (16/03), a foto da pseudomandatária do país, em dita manchete que estaria fiscalizando o pseudoprograma de aceleração de crescimento (PAC). Estava ela a bordo de um “jegue ferroviário”; pois não se pode dar outra nomenclatura àquele veículo trafegando na já histórica ferrovia Norte Sul, e que quem não conhece é porque perdeu o trem da história neste país. História funesta que já passa para a ficção, pois falam em fazer um Trem Bala em terra onde sequer haja competência e moralidade instalada para assentar um dormente. Aliás, por dormentes se entende os eleitores que mantêm este estado de putrefação elegendo quem dirige a coisa pública no Brasil. Comprova-se pela inacabável; pois se acabar acaba a “boquinha” do milagreiro do clientelismo - Sarney, a ferrovia Norte Sul que também começou um ano depois do início do Eurotúnel, e sequer se têm ideia do custo total da obra até o momento, mas que certamente já passou em muito do custo da obra que liga a França a Inglaterra, e ainda não consegue ligar o “nada a lugar nenhum”. Segundo promessas de Rousseff, coincidentemente as mesmas de Lula, ela será entregue no último ano de seu governo. Existem dúzias de processos em tramitação por denúncias de corrupção nas obras inacabáveis; afinal a administração está a cargo da Valec, e esta se subordina ao Ministério dos Transportes, leia-se Waldemar da Costa Neto e demais estafetas de um corpo Ministerial que a rigor é distribuído ao fisiologismo do que “chamam de base de apoio político”, e que não passa da divisão do butim ou pilhagem que fazem do erário público.
*Oswaldo Colombo Filho, em O Estado de S.Paulo

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