Acostumado a enrolar brasileiros trouxas com sua conversinha de camelô de feira de artigos paraguaios, daqueles que costumam engambelar a clientela com argumentos do tipo ''la garantia soy yo'', seu Lulla pensou que ia levar o mundo na conversa. Caiu do cavalo! Afinal, como já dizia Winston Churchill, ''ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo''. Tão logo foram divulgados os termos do tal ''acordo de cavalheiros'' que teria sido firmado entre Lulla e Ahmadinejad, ficou evidente que tudo não passava de ''conversa mole pra boi dormir'', ou seja, algo análogo àqueles acertos de mesa de bar que normalmente são feitos com o firme propósito de não serem cumpridos. Pior do que Lulla ser feito de bobo por Ahmadinejad, só mesmo ter de aguentar a claque formada pela petralhada, claramente adestrada para bajular o ''poderoso chefão'', comemorando pelo que eles reputam ser um brilhante feito diplomático. Só falta agora começarem a colocar na cabeça dos incautos eleitores brasi leiros a ''mentirada'' de que Lulla teria feito um acordo extraordinário, capaz de pôr fim ao imbróglio causado pelo aloprado líder iraniano, aquele que nega a existência do Holocausto durante a 2.ª Guerra Mundial e insiste em não reconhecer a legitimidade do Estado de Israel, tomado pela fixação de transformar o Irã em potência nuclear. Na verdade, esse ''acordinho de faz de conta'' serviu apenas para que Ahmadinejad ganhe tempo e tente adiar as sanções estipuladas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Júlio Ferreira, Recife-PE, no Estadão,por e-mail
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