segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Por quê a justiça não vê?

A oposição afirma que é pura campanha eleitoral antecipada a presença de Dilma Roussef, ao lado de Lula, pelo país afora, realizando "comícios" e atos de inauguração do que "não existe".
Para os governistas, é claro, tudo não passa de cumprimento de "agenda de governo" ou, no máximo, "debate político".
O fato é que, nos últimos quatro meses, Dilma participou de 46 atos públicos que serviram de palanque para apresentá-la como potencial candidata.
Segundo reportagem de Luiza Damé e Gerson Camarotti, publicada na edição de ontem, domingo, no jornal O GLOBO, a média foi de 11 eventos por mês, com direito a discursos, fotos com aliados, plateia e contatos com a população.
A Justiça Eleitoral deverá voltar do recesso, hoje, e esperamos atuar como árbitros isentos neste jogo político onde se observa o franco favoritismo e utilização da 'máquina pública", por parte do governo e sua candidata. O levantamento da movimentação da ministra - e possível candidata- nos eventos, teve como base a agenda da ministra da Casa Civil, disponível no site do Ministério, nos últinos quatro mesese. Estão incluídos inaugurações, visitas a obras, lançamentos de programas do governo federal e sanções de leis, nas quais a ministra teve papel central ou fez discursos. As andanças de Dilma, a tiracolo do presidente ou não, já renderam nove representações da oposição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde fevereiro de 2009: três foram rejeitadas, uma foi extinta e as demais não foram julgadas. Semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cobrou ações mais rigorosas da Justiça Eleitoral para todos os níveis da disputa.

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