Do blog do Reinaldo Azevedo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda vai ganhar o Prêmio Nobel de Literatura — uma homenagem à sua obra de ficção —, deu uma entrevista em que sugere que houve sabotagem no vazamento da prova do Enem. Deixou no ar a suspeita de que foi uma tramóia política, coisa dos adversários do seu governo. Vai ver um daqueles rapazes que tentaram vender a prova tem uma tia cuja vizinha é cunhada do primo do irmão de um motorista que freqüenta a mesma roda de pagode da faxineira da sede do PSDB. Taí uma relação que tem de ser investigada! Lula só não admitiu que a incompetência é de Fernando Haddad, o Megalomimoso, que pretendeu fazer um dos maiores vestibulares do Planeta com o mesmo nível de segurança com que se faz uma rifa no PT. O MST, o braço mais radical do lulo-petismo, atribuiu a agentes infiltrados aquelas barbaridades perpetradas da fazenda da Cutrale. Não fossem estes baderneiros, aquilo não teria acontecido porque sabemos que a turma comandada por João Pedro Stedile (ver posts abaixo) é essencialmente pacífica. Não sei, não… Vai ver os radicais de FHC conseguiriam furar o cinturão de segurança do MST. Vocês sabem: quando é para radicalizar, os tucanos são exemplares. No Rio, a população padece as agruras de um dos sistemas de transportes mais caóticos da terra. Não pega bem, eu sei. O paraíso está logo ali, em 2016. É chato ficar vendendo uma cidade futurista, com um povo sorridente, feliz e sestroso, e ver o socialismo moreno naquela penúria. Antigamente, isso renderia tanta música do Chico Buarque!!! Haveria tantos desdentados vertendo o seu lirismo de contestação, espremidos em vagões fétidos ou errando, em massa, pelos trilhos… Isso é coisa de antigamente, de quando, como escreve Diogo Mainardi em sua coluna desta semana, Marilena Chaui considerava o nacionalismo uma construção ideológica “dazelite”. Agora, não! O patriotismo foi “socializado” pelo povo. Não venham dizer que o sistema de transporte é uma merda! Se deu problema, só pode ser… sabotagem! É coisa de gente descontente com as Olimpíadas de 2016. Bem, fomos descobertos! Ricardo Kotscho, o Amaral Netto da pororoca lulista, já nos denunciou. Terei de confessar. Fraudei a prova do Enem; Diogo sabotou os trens, e temos um Cabo Anselmo infiltrado no MST. Diogo é experiente nesse negócio. Com 16 anos, foi flagrado depredando bancos. O negócio dele é a ação direta. Eu, que fui trotskista quando criança, acho que é preciso acirrar as contradições de classe, tentando fraturar este bloco formado pela burguesia nacional, pelo capitalismo financeiro globalizado e pela craçe trabaiadora. Não quero a burguesia e os bancos metidos com bolcheviques como aquele Sérgio Rosa, que preside a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e que Eike Batista (ex-Luma de Oliveira) quer na presidência da Vale… Acho que isso atrapalha o esforço para aperfeiçoar o nosso sistema de exclusão social. A vigarice, como se nota, não tem mesmo limites. Petistas e apaniguados são a exata expressão da caricatura que as esquerdas faziam do Regime Militar. Na boca destes novos patriotas, o “Ame-o ou deixe-o” virou poesia nacionalista; lá no cocho do Kotscho, por exemplo, não se ajoelhar diante da divindade eneadáctila é assim como estar possuído por “ideologias estranhas à índole patriótica do nosso povo”. O próximo passo será formar milícias nacionalistas para exorcizar os recalcitrantes na base do porrete. O Brasil está cheio de sabotadores, sim. De sabotadores da democracia. Que esperam continuar no poder para levar adiante o seu projeto. No entorno de Lula já há gente chamando de “histórica” a lei proposta pelos Kirchners para tentar quebrar a espinha da imprensa (veja abaixo). Não nos enganemos. É uma gente ridícula e perigosa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda vai ganhar o Prêmio Nobel de Literatura — uma homenagem à sua obra de ficção —, deu uma entrevista em que sugere que houve sabotagem no vazamento da prova do Enem. Deixou no ar a suspeita de que foi uma tramóia política, coisa dos adversários do seu governo. Vai ver um daqueles rapazes que tentaram vender a prova tem uma tia cuja vizinha é cunhada do primo do irmão de um motorista que freqüenta a mesma roda de pagode da faxineira da sede do PSDB. Taí uma relação que tem de ser investigada! Lula só não admitiu que a incompetência é de Fernando Haddad, o Megalomimoso, que pretendeu fazer um dos maiores vestibulares do Planeta com o mesmo nível de segurança com que se faz uma rifa no PT. O MST, o braço mais radical do lulo-petismo, atribuiu a agentes infiltrados aquelas barbaridades perpetradas da fazenda da Cutrale. Não fossem estes baderneiros, aquilo não teria acontecido porque sabemos que a turma comandada por João Pedro Stedile (ver posts abaixo) é essencialmente pacífica. Não sei, não… Vai ver os radicais de FHC conseguiriam furar o cinturão de segurança do MST. Vocês sabem: quando é para radicalizar, os tucanos são exemplares. No Rio, a população padece as agruras de um dos sistemas de transportes mais caóticos da terra. Não pega bem, eu sei. O paraíso está logo ali, em 2016. É chato ficar vendendo uma cidade futurista, com um povo sorridente, feliz e sestroso, e ver o socialismo moreno naquela penúria. Antigamente, isso renderia tanta música do Chico Buarque!!! Haveria tantos desdentados vertendo o seu lirismo de contestação, espremidos em vagões fétidos ou errando, em massa, pelos trilhos… Isso é coisa de antigamente, de quando, como escreve Diogo Mainardi em sua coluna desta semana, Marilena Chaui considerava o nacionalismo uma construção ideológica “dazelite”. Agora, não! O patriotismo foi “socializado” pelo povo. Não venham dizer que o sistema de transporte é uma merda! Se deu problema, só pode ser… sabotagem! É coisa de gente descontente com as Olimpíadas de 2016. Bem, fomos descobertos! Ricardo Kotscho, o Amaral Netto da pororoca lulista, já nos denunciou. Terei de confessar. Fraudei a prova do Enem; Diogo sabotou os trens, e temos um Cabo Anselmo infiltrado no MST. Diogo é experiente nesse negócio. Com 16 anos, foi flagrado depredando bancos. O negócio dele é a ação direta. Eu, que fui trotskista quando criança, acho que é preciso acirrar as contradições de classe, tentando fraturar este bloco formado pela burguesia nacional, pelo capitalismo financeiro globalizado e pela craçe trabaiadora. Não quero a burguesia e os bancos metidos com bolcheviques como aquele Sérgio Rosa, que preside a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e que Eike Batista (ex-Luma de Oliveira) quer na presidência da Vale… Acho que isso atrapalha o esforço para aperfeiçoar o nosso sistema de exclusão social. A vigarice, como se nota, não tem mesmo limites. Petistas e apaniguados são a exata expressão da caricatura que as esquerdas faziam do Regime Militar. Na boca destes novos patriotas, o “Ame-o ou deixe-o” virou poesia nacionalista; lá no cocho do Kotscho, por exemplo, não se ajoelhar diante da divindade eneadáctila é assim como estar possuído por “ideologias estranhas à índole patriótica do nosso povo”. O próximo passo será formar milícias nacionalistas para exorcizar os recalcitrantes na base do porrete. O Brasil está cheio de sabotadores, sim. De sabotadores da democracia. Que esperam continuar no poder para levar adiante o seu projeto. No entorno de Lula já há gente chamando de “histórica” a lei proposta pelos Kirchners para tentar quebrar a espinha da imprensa (veja abaixo). Não nos enganemos. É uma gente ridícula e perigosa
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