O PSDB do Rio Grande do Sul apresentou ontem as contas do partido, do comitê financeiro e da campanha eleitoral de 2006, quando a governadora Yeda Crusius (PSDB) foi eleita. O objetivo dos tucanos foi comprovar que não houve irregularidade nas doações, em especial os R$ 400 mil questionados em reportagem da revista "Veja". O ex-tesoureiro da campanha Rubens Bordini e o ex-presidente estadual da legenda Bercílio Silva também colocaram à disposição os sigilos fiscal, bancário e telefônico como forma de mostrar que não tiveram enriquecimento ilícito ou participaram de esquema de caixa dois. "Fizemos tudo como manda a lei. Como cidadão, resolvi abrir as minhas contas [sigilos] porque não tenho nada a esconder", afirmou Berílio. A revista informou há duas semanas que teve acesso a áudios de conversas entre o empresário Lair Ferst, um dos ex-coordenadores da campanha tucana em 2006, com Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda. Cavalcante morreu em fevereiro, em Brasília. Para a revista, os áudios revelam que Cavalcante admite que, depois do segundo turno da eleição de 2006, coletou R$ 200 mil da Alliance One e outros R$ 200 mil da CTA Continental, empresas de fumo. Segundo Bercílio, houve uma confusão "intencional ou não" porque o dinheiro foi doado para o partido, que repassou por meio de cheque à campanha de Yeda. Além do suposto caixa dois, o governo Yeda também é suspeito de desvio de dinheiro no Detran-RS e fraude em licitações. As supostas irregularidades podem motivar a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa. A bancada do PT conseguiu 16 das 19 assinaturas necessárias para instalar uma CPI para investigar o governo Yeda. Hoje, a cúpula do PSDB divulgou um manifesto de apoio à governadora. No documento, os tucanos reiteram o "enorme respeito" que têm pela governadora e por sua trajetória política "construída com competência e respeito aos princípios éticos". O documento é assinado pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os governadores tucanos José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas Gerais), José de Anchieta Júnior (Roraima) e Teotônio Vilela Filho (Alagoas), além dos líderes do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), e na Câmara, José Aníbal (SP).
Comento: O PSDB demorou demais a dar apoio a Yeda. Até parece que durante todo esse tempo guardava certo ceticismo em relação a gestão de Yeda. Quanto a Governadora: Se nada tem a temer, abra a caixa preta, se mostre e mostre a todos os documentos que comprovam sua inocência. O PT jamais dará trégua a Yeda. O objetivo é desmoralizá-la e cavar espaços para Tasso Genro candidar-se ao Governo do Rio Grande do Sul.
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