Golpes de empresas fantasmas contra empresas reais causaram prejuízo de R$ 150 milhões no ano passado, segundo balanço divulgado pela Serasa Experian nesta segunda-feira. Em 2007, as fraudes haviam somado R$ 119,6 milhões. De acordo com a Serasa, os golpes ocorrem quando uma empresa, normalmente com CNPJ frio ou de empresa já fechada, efetua uma compra de outra. O processo de compra é realizado por duas ou três vezes, sendo que o pagamento é efetuado normalmente. Então, em um novo negócio, então de volume maior, ocorre o calote. Com dados cadastrais falsos, a empresa fantasma não é encontrada. Os segmentos-alvo dos golpes são aqueles que comercializam produtos de fácil aceitação em qualquer região e que podem ser revendidos, por exemplo material de construção, peças automotivas, alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza, aparelhos eletroeletrônicos e confecções. O presidente da unidade de negócios Pessoa Jurídica da Serasa Experian, Laércio de Oliveira, explica que com a ampliação na oferta de crédito e a retração das exportações devido à crise mundial, alguns empresários concentram esforços na conquista de novos clientes e muitas vezes se descuidam do processo de seleção dos melhores parceiros. "Isso favorece a atividade dos fraudadores, os quais formam verdadeiras quadrilhas especializadas e constituem empresas de fachada ou reativam empresas antigas e assediam agressivamente suas 'vítimas'.". No ano passado, a maior parte dos golpes foi identificada nos Estados do Sudeste (50,50%), seguidos do Sul (20,82%), Nordeste (13,45%), Centro-Oeste (10%) e Norte (5,23%).
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