© Fornecido por Gazeta Esportiva (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
Em visita nesta quarta-feira à Baía de Guanabara, o secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, André Correa, revelou que a meta exposta de despoluição foi muito “ousada” e que levaria anos para ser alcançada. A 16 dias do início dos Jogos Olímpicos, as águas do local receberão as competições de vela.
Após a definição de que as Olimpíadas de 2016 seriam realizadas na capital carioca, o governo estabeleceu que 80% da água da Baía estaria despoluída, o que não foi possível.
“A gente colocou uma meta que era muito ousada, de ter a baía 80% despoluída e ninguém sabe explicar o que é esse 80%, se é de carga orgânica ou se não é. Ficou uma coisa muito mal colocada e que só contribuiu para esse descrédito original”, declarou Correa.
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O secretário revelou que seria necessário um gasto de mais de R$ 20 bilhões para solucionar as questões do despejo de esgoto e do saneamento das cidades próximas, o que teria, além de uma despesa elevada, um alto tempo para ser resolvido.
“Qualquer pessoa que disser que essa baía estará em condições ambientalmente adequadas em menos de 25 ou 30 anos está mentindo. Não vamos fazer isso no curto prazo”, continuou.
Para as competições de vela, André acredita que a qualidade da água não será prejudicial aos atletas. Mesmo assim, não descarta que os dejetos possam atrapalhar os competidores, e espera que o projeto de despoluir o local continue mesmo com o fim dos Jogos.
“A probabilidade de isso acontecer é muito baixa, mas não seria leviano de garantir. Lixo zero não existe nem na Baía de Guanabara nem em qualquer baía do mundo. Espero que, com o fim da Olimpíada, não pare essa cobrança”, finalizou o secretário.
*Via Gazeta Esportiva
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