sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ou Cunha tem conta ou não tem. A indústria de vazamentos não muda a essência da questão.

Ou uma pessoa tem conta secreta na Suíça ou não tem. Fazendo uma piada, digo que inexiste a categoria quântica nesse caso, que é ter e não ter conta ao mesmo tempo.

Muito bem! Rodrigo Janot, procurador-geral da República, confirmou em ofício enviado ao PSOL que há contas bancárias naquele país em nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, e de familiares. Janot atendia a uma solicitação feita pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Com essa confirmação, o partido pretende recorrer ao Conselho de Ética da Câmara como uma denúncia de quebra de decoro, buscando cassar o mandato do deputado.
Conforme informou a Folha nesta quinta, o banco Julius Baer informou às autoridades suíças que Cunha e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões). Os valores foram boqueados.
Cunha se negou a falar do assunto:
“São variações do mesmo tema, contraditórias umas com as outras. Se for notificado, quando for notificado, no conteúdo que tiver, meus advogados vão falar”.
É evidente que não acho elogiável que essas coisas venham a público em razão da indústria de vazamentos. Mas isso não altera a essência da coisa. Cunha tem as contas ou não?
É sim ou não?
Inexiste o meio-termo quântico-malufista.
Se tem, é evidente que sua situação é, moralmente ao menos, insustentável. E ponto.

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