sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Dilma foge das vaias.


Dilma Rousseff está seguindo à risca ao menos um conselho dado publicamente por Lula dezenas de vezes: que ela deveria ir para a rua, sair do palácio. (Dizer “correr para os braços do povo”, nas circunstâncias atuais,  soaria irônico). Na sexta-feira passada, Dilma foi a Roraima. Ontem, ao Maranhão. Na quinta-feira, irá a Juazeiro, na Bahia.
São visitas milimetricamente controladas pela Presidência da República. Nada pode dar errado. Nada de vaias. Até agora, reconheça-se, tem dado certo. Dilma tem conseguido discursar sem ser perturbada neste ambiente esterilizado.
O.k., a intenção é mostrar que a presidente não está acuada. Que pode sair às ruas. O Palácio do Planalto monta o circo para que tudo aparente calma e Dilma apareça no Jornal Nacional e nos sites bem na foto, discursando a uma plateia atenta.
Mas será que, de fato, este tipo de roteiro controlado tem algum efeito?
A julgar pelas pesquisas do Ibope, Datafolha e até por institutos governistas, não.
A crise está à vista de todos, a inflação está subindo, a economia parando e o Congresso é francamente hostil ao governo. Nenhuma aparição pública tem o efeito de anular o que os brasileiros sentem e vivem no dia a dia.

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