Diogo Mainardi, para Aécio Neves
Aécio, meu velho, vou
votar em você. Não que eu queira, verdadeiramente. Mas sobrou você como a
nossa, talvez, última barreira sanitária contra esse vírus ébola que é o
petismo. Cada vez que vejo nas entrevistas o teu rosto sorridente, penso:
como ele pode se mostrar tão feliz? Você parece que está vivendo
permanentemente dentro de um comercial de TV- enquanto nós ficamos de fora,
nos sentindo tão inseguros, tão sem saída. Deve ser uma estratégia de
campanha você contrastar tua figura "presidenciável" com o daquela
senhora odiável e desprezível que parece sempre estar tão mentalmente
desorganizada, tão alienada do mundo. Mas ela tem a caneta na mão e assina
papéis que compram Pasadena, que importa médicos fajutos, que prefere
investir em Cuba, Venezuela ao invés de nosso tão desesperadamente carente
Brasil. E que sorrateiramente sancionou esse maldito Decreto 8243 que vai
criar os Sovietes, que significa a liquidação do nosso (ainda) regime
democrático. Vou votar em você Aécio.
Pode ser que você
esteja mineiramente quieto e se fingindo de morto enquanto vai costurando
acordos políticos que, no fim, vão virar o veneno que fará o PT entrar em
coma e morrer. Pode ser. Mas reconheça que muitos dos que votarão em você o
farão principalmente para se opor ao PT. Esquecendo, por um momento, dos votos
dos "bolsas", somos nós que faremos a diferença. E nós queremos
botar fé que você seja o cavaleiro de armadura reluzente, que com a sua
espada Durindana vai estraçalhar as hostes inimigas. Nós queremos que você
seja o nosso Campeão.
Sei que não é novidade
o que estou aqui dizendo, e que é inocente quem põe sua vida na mão dos
outros, confiando inteiramente no Líder sob o qual faremos a guerra. Mas que
outra possibilidade temos, além de você? Aécio, fala! são tantos os temas que
estão sendo discutidos por tantos, inclusive aqui no Face. Mas você não fala
e nós ficamos conjecturando o que te faz tão convencional, tão discreto. Você
é neto do Tancredo, que era cheio de manhas, espertezas, tão bom jogador de
poker que foi. Talvez seja assim mesmo que se deve jogar numa eleição como
esta, você deve saber - temos que confiar em teu critério. Mas estamos
ressabiados. Queremos colocar pólvora e bolas de aço em nossas espingardas,
sair das trincheiras e correr contra o inimigo que nos amedronta, e que nos
empurra para a defensiva. Precisamos de tua voz e entusiasmo, Aécio.
O tempo está correndo
contra nós. Desculpe falar tanto em nós, nós. Seria mais apropriado dizer
que, talvez, esta opinião seja só minha.
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