sábado, 23 de agosto de 2014

Mais um crime eleitoral de Dilma.

Pegaram a quadrilha da dentadura: crime eleitoral uniu Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério da Saúde e Presidência da República.
A agricultora baiana que ganhou dentes novos na véspera de gravar programa eleitoral com a presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu o benefício após um pedido direto do governo federal à Prefeitura de Paulo Afonso (BA).
A prefeitura, do PDT, disse que Marinalva Gomes Filha, 46, conhecida como dona Nalvinha, recebeu atendimento numa unidade municipal de saúde odontológica, por solicitação do Ministério do Desenvolvimento Social. Dilma e o ex-presidente Lula foram à cidade do sertão baiano nesta quinta (21) para gravação de imagens para o horário eleitoral --a visita também constava da agenda oficial da petista, conforme a Folha revelou nesta sexta (22).
"Essa demanda chegou da assessoria do ministério", disse à reportagem o secretário da Saúde, Alexei Vinícius. O contato, disse ele, foi feito na segunda (18), por telefone. Após o pedido, a prefeitura mandou buscar Nalvinha na zona rural da cidade e a levou para colocar a prótese. A prefeitura informou que a unidade recebe cerca de 20 pacientes por dia e que ninguém deixou de ser atendido para dar lugar à agricultora.
Nalvinha também recebeu, na semana da visita de Dilma, uma ampliação de seu fogão à lenha. Responsável pelo programa de "fogões ecológicos", em convênio com o governo federal e o governo petista da Bahia, a ONG Agendha disse que a obra era necessária. "Não é porque a presidente vinha que íamos deixar de fazer", disse Valda Aroucha, fundadora da ONG e filiada ao PT desde 2011. A construção do fogão e de duas cisternas na casa da agricultora integram o convênio com a ONG, orçado em R$ 4 milhões e que prevê a construção de 756 estruturas hídricas, como cisternas e barragens, e dos fogões.
O "fogão ecológico" foi desenvolvido pelo pesquisador Maurício Lins Aroucha, fundador da Agendha e filiado ao PT desde 2008. Para o especialista em direito eleitoral Silvio Salata, consultor da OAB, a campanha praticou conduta vedada pela legislação, ao "usar bens e serviços públicos em favor" da candidata. "Foi oferecido um benefício a uma eleitora que iria aparecer na propaganda eleitoral", disse. Para ele, a conduta, se comprovada, pode resultar em multa ou até cassação da candidatura.
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(Folha de São Paulo).

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