Com renda de R$ 800, Cleriston Dantas, de 24 anos, diz que não viveria com R$ 291 em São Paulo (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Há quase dois anos, Cleriston Rodrigues Dantas, de 24 anos, deixou a cidade de Tucano, no interior da Bahia, para trabalhar em São Paulo. Com a renda mensal de cerca de R$ 800 que recebe como auxiliar de limpeza, Cleriston faz parte da classe média brasileira, de acordo com os novos critérios do governo, divulgados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
Estudo da pasta define como classe média no país famílias em que a renda por pessoa seja entre R$ 291 e R$ 1.019. Segundo o governo, esse universo representa 54% da população do país.
De acordo com o relatado por Dantas, contudo, seu salário só dá para fazer o básico. Dos R$ 800, R$ 350 vão para pagar sua parte no aluguel de R$ 1.000 de um imóvel que divide com o irmão e a cunhada na cidade de São Paulo. O resto vai para gastos com alimento, transporte, água e luz. Para o lazer, ele revela que "às vezes dá um jeitinho", como parcelar no cartão de crédito.
De acordo com o relatado por Dantas, contudo, seu salário só dá para fazer o básico. Dos R$ 800, R$ 350 vão para pagar sua parte no aluguel de R$ 1.000 de um imóvel que divide com o irmão e a cunhada na cidade de São Paulo. O resto vai para gastos com alimento, transporte, água e luz. Para o lazer, ele revela que "às vezes dá um jeitinho", como parcelar no cartão de crédito.
Se os R$ 800 já dão na risca, com R$ 291 ao mês, a faixa mínima por pessoa para se enquadrar na classe média, segundo o governo, Dantas afirma que não conseguiria viver na capital paulista. “Se fosse para eu trabalhar com esse salário aqui, eu ficava na Bahia”, revela. “Lá a gente vive de plantar feijão, milho, essas coisas. Eu nunca calculei quanto eu ganhava por mês lá, mas mais do que R$ 291 eu ganhava”, afirma, ressaltando, contudo, que os gastos no interior baiano eram menores, porque vivia na casa dos pais.
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