quarta-feira, 30 de março de 2011

O cinismo

Sempre favorecido pela mudez pusilânime da oposição oficial, o ex-presidente Lula retomou a rotina dos socos e pontapés na verdade, agora para remover da biografia as patifarias e bandalheiras que sublinharam a política externa brasileira nos últimos oito anos. O novo ato da farsa começou em 8 de fevereiro, quando Lula desembarcou no Senegal com pose de conselheiro do mundo. O que estava achando da rebelião que ameaçava o reinado de Hosni Mubarak?, alguém quis saber.
“Há muito tempo, todo o mundo sabia que era preciso voltar à democracia no Egito”, fantasiou o maior dos governantes desde a chegada das caravelas. “O que está acontecendo no Egito é simples: água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Chegou uma hora em que o povo falou: ‘Eu existo, quero participar’”. Nenhum repórter cobrou-lhe o falatório despejado durante a visita ao ditador companheiro em dezembro de 2003. “O presidente Mubarak é um homem preocupado com a paz no mundo, com o fim dos conflitos, com o desenvolvimento e com a justiça social”, derramou-se Lula no meio da discurseira.
Como nenhum político oposicionista se lembrou de desmascará-lo publicamente, o farsante entrou em março pronto para comentar a situação na Líbia de Muammar Kadafi com cara de quem conheceu só de nome o psicopata que qualificou de “amigo, irmão e líder”. Era previsível que, na semana passada, a metamorfose malandra começasse a apagar a história dos oito anos de relações promíscuas com o companheiro Mahmoud Ahmadinejad.
Um jornalista perguntou-lhe por que só agora o governo brasileiro resolveu votar a favor da apuração de denúncias de violações de direitos humanos no Irã. “Porque não houve votação, a votação foi só agora”, mentiu o ex-presidente que sempre se curvou à vontade dos aitolás atômicos. Sem ficar ruborizado, interrogou o entrevistador e respondeu por ele: “Por que você não fez essa pergunta antes? Porque só pode fazer agora”.
É muito cinismo...
*Extraido do texto de Augusto Nunes - Veja Online
COMENTÁRIO: Não adianta o execrável e iletrado receber títulos de "doutorado" das Universidades em decadência, ele continuará sendo a síntese da canalhice.( Movcc/Gabriela-http://bit.ly/gwCwRc)

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