sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Chegando ao fim da linha

Chegamos ao fim de semana. Estamos em plena sexta-feira, dia mundial da cerveja, dizem alguns.
Uma semana que se vai, sempre pautada pela campanha politica para eleição presidencial e para governos de estado em algumas unidades da federação.
Mas, apesar da nossa integração nacional, dos meios de comunicação massificados, a campanha não empolgou senão àqueles que se engajaram no processo, direta ou indiretamente, no dia a dia da campanha presidencial.
Sei que talvez não devesse, por uma questão até de torcer pela oposição, externar minha decepção pela letargia e falta de criatividade da campanha de José Serra, letargia esta que prenuncia sua possivel derrota nas urnas no dia 31 de Outubro.
Com um passado respeitável, uma história caracterizada pela luta democrática e um curriculum admirável como administrador público, José Serra não tem o direito de dizer, algum dia, que não sabia que se depararia com antagonistas cruéis e sem nenhum escrúpulo no embate político.
Todos nós, e mais ainda o candidato da oposição, sabíamos dos ataques que receberia, apoiados pela máquina do Estado e seu entorno, formado por nichos do empresariado nacional, inclusive na área de comunicação, beneficiado por gordas verbas estatais e, principalmente, por um presidente que jamais saiu do palanque, nem mesmo para trabalhar, se é que o fez em quase oito anos de mandato.
Serra sabia que "atirariam" contra si "chumbo grosso". Mentiras e calúnias para  desconstrução de biografias é a especialidade dos petistas.
Aliados aos politicos que compõem o partido mais fisiologista da história da República - o PMDB - os governistas, na ânsia louca de não "largar o osso" , e sob o comando de Luiz Inácio, o presidente, armaram-se com todo seu arsenal de aleivosias e arremessaram sobre o candidato oposicionista todos os excrementos resultantes de suas falácias e "convicções ideológicas e sócio-politicas".
Nesta reta de chegada o candidato foi ferido não só pela agressão gratuita nas ruas do Rio de Janeiro. O  pior ataque adveio mentiras danosas e pela covardia do poder público aparelhado, que o massacrou com seus tentáculos que se espalharam desde o Palácio do Planalto e  esplanada dos ministérios, até as redações de veículos da imprensa amestrada, passando por blogueiros de aluguel, artistas e intelectuais , devidamente aquinhoados pelas gordas verbas de patrocinio estatal.
Luiz Inácio usou todas as armas letais disponíveis na política. Até as proibidas por lei e pela ética. Inexistem escrúpulos nesta eleição. De um lado e do outro, direta ou indiretamente e em algum momento, alguém extrapolou o limite da razoabilidade. Do lado dos governistas, sempre.
Mas não tenho dúvidas! Ninguém, absolutamente ninguém, foi tão vitimado por uma eleição onde grassou a covardia e a ilegalidade como José Serra.
Chegando ao fim da linha, a semana se encerra com uma eleição cujo resultado nos mostrará os rumos do país a partir do próximo ano. O povo escolherá quem será o gestor de um país que Luiz Inácio encontrou com uma invejável estabilidade economica, socio-politica e institucional.
Em razão deste legado, o país se beneficiou da onda positiva da economia mundial e alcançou certo desenvolvimento.
Queira Deus que o presidente escolhido, que poderá ser a candidata "indicada" pelo presidente da República ( assim dizem as pesquisas), possa se despir dos seus instintos demonstrados em sua juventude militante, caracterizada pela violência e pelo crime em nome da ideologia, e aja com a serenidade necessária para conduzir com paz e trabalho, um povo vocacionado para viver e laborar num ambiente onde prevaleça o espírito democrático, a paz e a alegria.

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