O presidente brasileiro chegou neste domingo a Israel e já provocou o primeiro incidente diplomático que bem poderia ser raduzido como uma grosseria inaceitável:
Negou-se a depositar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do Movimento Sionista e considerado pelos israelenses o idealizador do moderno estado judeu. Lula ainda pode evitar a grosseria, ou ofensa, e a provocação.
Fica evidente que Lula, na sua ignorância, não tem a menor idéia de quem foi Herzl.
No entanto sua assessoria internacional o deveria instruir para não cometer tal ato de desrspeito ao povo judeu, até porque, na próxima terça, em Ramallah, na Cisjordânia, ele pretende depositar flores no túmulo de Yasser Arafat. Mesmo que conhecesse a história de Herzl, que era um jornalista e um intelectual, que não tinha as mãos sujas de sangue, Lula deveria respeitar a tradição. Logo Lula que chega a Israel dizendo-se o portador de uma nova mensagem: a da conciliação. Indaga-se: Que conciliador é este que já chega insultando aquele que é, na prática, o principal herói nacional moderno? A coisa é séria, é grave: na condição auto-outorgada de juiz simbólico dos conflitos no Oriente Médio, o presidente brasileiro deslegitima uma causa e uma visão de mundo sem as quais Israel não existiria. Feita essa escolha, já não pode mais se apresentar como o homem do diálogo. A ser mantida a decisão, Lula se tornará uma espécie de ídolo do anti-semitismo mundial. Daqui a pouco, como sabemos, ele vai ao Irã emprestar seu apoio e sua solidariedade a Mahmoud Ahmadinejad. E seu perfil estará ainda mais definido diante do mundo. Aquela reportagem tonta do Haaretz dizia que Lula sabia como ser amigo do Irã e de Israel. As amizades de Lula estão começando a ficar bem claras.
*Com informações do blog do Reinaldo Azevedo
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segunda-feira, 15 de março de 2010
Um presidente aloprado
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