quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

No tempo em que juiz era Juiz...

Nesse Brasil Tirirca, cada vez mais consagrado como o paraíso da Lei de Gerson, as instituições, quando já não absolutamente desmoralizadas, a exemplo do Legislativo, estão em célere processo de deteriorização, a exemplo da Justiça. Para alguém que viveu um tempo em que um Juiz de Direito era visto na sociedade como uma figura quase mítica, detendo tal nível de respeito público que era comum que fosse alvo de honestas reverencias, em qualquer local em que estivesse. Hoje em dia, com magistrados habitualmente frequentando as páginas policiais, muitos dos quais envolvidos em escândalos de corrupção e/ ou nepotismo, até mesmo a respeitabilidade do cargo passou a ser questionada pela sociedade, tornando-se necessário, em muitas ocasiões, o uso do poder coercitivo Lei para que o cidadão comum, mesmo que não tenha, demonstre algum respeito pela figura do Juiz. A verdade é que esculhambou geral, fazendo com que só "na marra" seja mantida uma aparente respeitabilidade, coisa que antes era voluntária e natural. Estou errado? Cito um exemplo atualmente muito em uso por alguns magistrados, que na ânsia manter o status de dignidade que antes era a marca da classe, mas que hoje em dia foi jogado na lata do lixo, exatamente por conta das seguidas e inúmeras "estripulias" cometidas por representantes dessa mesma classe, costuma cultivar a fama de serem DUROS em suas decisões, esquecendo-se que um Juiz não é paga pela sociedade, e muito bem pago, diga-se de passagem, para ser DURO nem MOLE. Afinal, ele recebe salário para ser "apenas" JUSTO.
* Júlio Ferreira, por e-mail, via resistência democrática

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