Uma loja de fogos de artifício explodiu por volta das 12h30 na rua Américo Guazelli, altura do número 200, no bairro Silveiras, em Santo André (região do ABC, na Grande São Paulo), e atingiu diversas casas vizinhas, matando duas pessoas e ferindo 12. estabelecimento estava sem permissão para vender fogos de artifício. O alvará de comercialização do estabelecimento foi cassado no último dia 14 de setembro, segundo a Prefeitura de Santo André, porque a loja não apresentou um documento exigido para a renovação do alvará: o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros. Levantou-se também a suspeita de que no local fosse feita clandestinamente a fabricação de fogos de artifício. O proprietário da loja foi identificado pela prefeitura como Sandro Luiz Castellani. Segundo a Polícia Civil, Sandro foi preso em flagrante em 2002 por posse ilegal de explosivos, mas o caso foi arquivado pela Justiça.Duas pessoas morreram e 12 pessoas ficaram feridas no acidente - destas apenas duas ainda estavam em observação no Centro Hospitalar de Santo André até a noite desta quinta. Um dos mortos na tragédia era primo de Sandro.Três casas foram destruídas e outras 30 construções, entre casas e estabelecimentos comerciais, foram esvaziadas e isoladas. Destroços da explosão se espalharam por uma extensão de cerca de 150 metros. Cem pessoas estão fora de casa e foram cadastradas pela Defesa Civil do município. Segundo o órgão, todas preferiram abrigar-se na casa de parentes. "A loja tinha o alvará desde 1996 para vender artigos de época no varejo como pipas, bolas, papel, mas não para fogos de artifício", afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Murano Filho.Segundo o secretário, o pedido de autorização para venda de fogos foi feito no dia 7 de maio de 2009, mas no meio do período de avaliação, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) da loja venceu, em junho de 2009. "Sem esse auto de vistoria nós não podemos conceder a licença para a venda de fogos, portanto se ele estava vendendo esse tipo de produto estava irregular." O secretário, entretanto, não confirma desde quando o bazar funcionaria de forma irregular. Isso porque o proprietário, conforme a lei, pode requerer sazonalmente a permissão para vender esse tipo de produto. "Ele já pode ter tido permissão para vender, mas na nossa gestão [a partir de 2009] ele não teve", disse.
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